Área de treinamento do Albáfica

Primeiro treino rsrsrs:




Natural do Brasil, viajou com sua mãe aos 6 anos para a Grécia no século XIII. Entretanto, tornou-se orfão aos 7 quando a mãe morreu de uma doença cardíaca. Desde então, passou a viver no vilarejo de Rodorio, ouvindo as histórias sobre os cavaleiros. Ao completar 8 anos de idade, encontrou um magnífico jardim de rosas vermelhas. Ao, inocentemente, se afeiçoar as mesmas, foi notado por Albáfica, que passou a oferecer treinamento para o jovem garoto. A razão é que as rosas vermelhas eram as Rosas Diabólicas Reais e somente aqueles destinados a trajar a armadura de Peixes e proteger a 12ª Casa do Santuário de Athena são imunes ao seu veneno mortal. Foram anos e anos de treinamento árduo até Senshi se tornar um oficial cavaleiro de bronze.


Porém, todos sabiam que sua fase como cavaleiro de bronze era temporária e que seria apenas questão de tempo e experiência para o garoto alcançar o patente de um cavaleiro de ouro.


Desde a morte de seu querido mestre Albáfica, Senshi passou a se identificar pelo nome do honroso cavaleiro de Peixes, tamanha a sua admiração por ele. Em respeito a poderosa armadura dourada da constelação de Peixes, decide assumir a mesma somente após duros treinamentos.


E assim faz Senshi , aliás, Albáfica. O determinado pupilo e o falecido mestre sempre foram praticamente idênticos, com uma assombrosa semelhança física e espiritual. O que fez com que muitos se enganassem, acreditando que o jovem cavaleiro fosse na realidade o experiente dourado que a todo momento esteve a serviço da justiça.


Durante um ataque ao Santuário, Albáfica se colocou de prontidão, com um jardim de rosas negras protegendo os arredores da morada da deusa Athena. Um grupo de 12 espectros atacaram com fervor e fúria o jardim negro e foram dilacerados pelas Rosas Piranhas. O único sobrevivente da equipe, um forte espectro, lançou um de seus golpes , enviando o guerreiro para além dos confins do tempo-espaço. Por fim, Albáfica se vê em outra época, séculos a frente de sua época.


Mesmo assim, o justo e nobre cavaleiro se reune à deusa Athena. A distância de seu tempo e a falta dos amigos o faz sofrer, com toda a certeza. Mas os ensinamentos de seu mestre se mantêm intactos em seu coração, ajudando-o a seguir em frente.

Segundo treino:




Pouco tempo depois de chegar a uma nova época, me encontrei perdido nos arredores do Santuário. Me dirigi até Athena e então me dei conta do que , afinal, estava ocorrendo: eu havia sido mandado para 2 séculos a frente do meu tempo!


-Albáfica...- fala minha deusa, enquanto permaneço sob meus joelhos em sua reverência- Sei de toda a sua dor , como é difícil para você enfrentar essa situação. Aconselho que procure o Santuário do Tempo, um local sagrado que mistura passado, presente e futuro e distorce o tempo. Tenha cautela nesse local. Se agir com pertinência, poderá superar a insegurança que te abala.
-Agradeço, deusa Athena.


Em seguida, parti do Santuário de Athena rumo ao Santuário do Tempo citado pela mesma. Foram cinco dias de viagem até que finalmente encontrei o local, em uma ilha isolada próxima a Grécia. Adentrando, logo de cara encontro uma belíssima fonte. Dela, percebo uma figura estranha saindo da água e se aproximando de mim.

-Bem vindo, inseto. prepare_se para morrer!

Fico absurdamente espantado. O individuo é exatamente como eu. Até mesmo veste uma armadura dourada de Peixes!

-Surpreso?- pergunta o sujeito, sarcástico- Eu sou você e você sou eu. Nesse local, todos devem superar seu passado para seguir em frente, vencendo a si mesmo. Mas duvido que seja capaz de tal coisa. Eu sou seu medo, sua ira, sua raiva, sua insegurança...Sou as correntes que te prendem e te tornam impotente!

Assim que acaba de falar, a personificação do meu "eu" me ataca com uma sequência de fortes socos e chutes. Permanecemos nessa batalha corporal por duradouros minutos. Acerto meu punho direito no seu rosto e ,aproveitando a distância que é lançado, ele diz:

-Sinta a fragância das ROSAS DIABÓLICAS REAIS!!!!!!

Uma enorme nuvem de rosas vermelhas avança contra mim. Sou lançado para longe, ouvindo as gargalhadas do meu "oponente".

-Isso é tudo o que pode fazer? Ridículo, não merece carregar o nome de Albáfica, aquele que era conhecido no Santuário como o Veneno Encarnado. Que decadência!!!!!

Appesar da forte nuvem de rosas venenosas, me levanto do chão a determinada distância da minha personificação.

-Fato. Além da beleza, herdou a teimosia de seu mestre.

Irritado, eu declaro:


-Pouco me importa se me acham bonito ou feio. O que me enfurece é que falem do conceito de beleza de maneira arrogante e subestimem meu orgulho e minha tenacidade. Essa é a maior semelhança entre meu mestre e a mim mesmo...

Dessa vez, eu quem vai rápido contra meu alvo, aplicando socos e pontapés. Novamente, nos mantemos assim por certo tempo. Logo, o cansaço começa a se manifestar e fico ofegante. Volto a tomar distância. Nesse instante, ambos exclamamos:


-ROSAS PIRANHAS!!!!!!!!!!!!


Em seguida, atacamos um ao outro com nuvens de rosas negras. As Rosas Piranhas lançam a mim e ao meu eu personificado pela magia do Santuário do Tempo a consideráveis distâncias. Eu sou lançado até um pilar, com tanta força que ele se parte em dois e caio no meio dos destroços. Meu oponente rodopia no ar e se coloca de pé no chão, como se meu golpe tivesse sido totalmente ineficaz. Instantes depois, ouço a voz ecoar:


-Os ensinamentos de seu mestre devem permanecer intactos em seu coração. Dessa maneira, sua força não terá limites e sua força de vontade, sem precedentes.

Ao ouvi-lo, levanto-me e observo a figura desaparecer no ar. Ferido, me mantenho ali por alguns minutos. Apesar de tudo, meu sorriso é inevitável.

-Mestre Albáfica, provarei que posso honrar o seu nome....

Me viro e me retiro do lugar. enquanto caminho de volta ao Santuário, reflito comigo mesmo:

-O grande inimigo da alma humana somos nós mesmos. Os nossos medos e as nossas inseguranças criam barreiras que nos impedem de avançar. Mas por Athena, por meu mestre, por minha falecida mãe e por mim mesmo, esse inimigo eu já superei.

Certo, vlw pela dica XD. Espero que esse esteja mais caprichado:




Continuo em meu caminho para o retorno ao Santuário de Athena. Ainda no mesmo dia que conheci o Santuário do Tempo, a noite começa a despontar e o Sol, a se pôr. Com passos firmes, contudo serenos, sinto a presença de três cosmos agressivos pelos arredores de uma pequena vila, por qual ando.

-O mais novo cavaleiro de Peixes, não é?- pergunta uma voz.

Cesso meus passos. Por sequência, três figuras ocultas se colocam a poucos metros de mim.

-É a oportunidade perfeita para nos vingarmos do Santuário e de Athena!- exclama o mesmo indivíduo misterioso.
-Quem são vocês? - pergunto, sem me abalar.

O trio, anteriormente oculto, se mostra.

-Somos antigos cavaleiros de prata do Santuário. Sou Alfarion.
-Sou Krest.
-E eu, Rain.

Observando o grupo seriamente, concluo:

-Traidores, correto?
-Exato.- confirma Rain- E, por coincidência ,encontramos um leal defensor da deusa que tanto repugnamos!

Fecho meus olhos. Tranquilo, digo:

-É uma pena.
-Como?- Krest, sem entender.

Meus olhos se abrem outra vez. Então continuo:

-É uma pena que as pessoas tenham que se enganar dessa forma. E pior: morrerem para pagarem seus crimes como tolos.

Visivelmente alterados, o grupo se coloca em posição de batalha.

-Quem pensa que é?- Alfarion, irritado.

Cada um avança contra mim e me atacam, com seus punhos transbordando fúria. Porém, salto para o alto. Eles olham para mim, ainda mais determinados a me matar.

-Lute!!- exclama Krest- Pó de Diamante!!

Ainda no ar, respondo:

-Não é necessário lutar com pessoas às portas da morte.

Krest congela o ar ao seu redor criando cristais de gelo. Em seguida, ele dispara com seu punho uma rajada de cristais de gelo que me ataca de frente, congelando superificialmente a minha pele.

-Minha vez!- exclama Alfarion- Meteoro!!

Alfarion desfere um grande número de socos , que me atingem com ferocidade e violência.

-Não acabou!- grita Rain- Furacão das Trevas!!

Rain estende seu braço e usando os seus dedos, dispara um raio de energia que se transforma em um gigantesco turbilhão de ar e se projeta como uma onda expansiva e poderosa, que me atinge em cheio.

-Quem está as portas da morte é você, imbecil.- fala Krest.

Com o impacto dos golpes, sou lançado longe e choco com uma grande árvore. Em seguida, caio ajoelhado ao chão.

-Olhem de novo.- digo, calmo.

Sentindo uma fisgada no peito esquerdo, os cavaleiros renegados olham para a direção de seus corações. E se espantam com suas visões. Eu continuo , a certa distância do trio:

-Estas são rosas especiais, são as ROSAS SANGRENTAS. Elas perfuram e absorvem todo o sangue da vítima. Quando as pétalas brancas se tornam vermelhas, a vítima finalmente morre. E respondendo a pergunta...

Antes que eu chegue a terminar a frase, ambos caem no chão. Uma rosa vermelha em cada coração.

-...eu não penso, eu sou Albáfica de Peixes!

Após algumas semanas no Santuário, restabeleço por completo minha força de vontade e desejo em proteger Athena e a Terra. Minha insegurança se fora totalmente, me deixando apto para estar ativo como um verdadeiro cavaleiro da esperança.


Certa tarde, na casa de Peixes, escuto alardes de alguns aspirantes a defensores da deusa da justiça nos arredores das 12 casas. Pelos comentários, a vila de Rodorio estaria sendo ameaçada por alguns vândalos.


Com a permissão de minha deusa, me apresso na passagem das 12 casas e chego nas redondezas do pequeno vilarejo. Lá, encontro um pequeno bando de criminosos e saqueadores a poucos passos dos indefesos moradores.


-Aonde pensam que vão?- pergunto, me colocando a frente deles.


Os vândalos, 20 ao todo, percebem a minha armadura dourada e, de certa maneira, se abalam com esse fato.


-Um cavaleiro de ouro?- pergunta um deles.
-Exato.- respondo.
-Mas o que faz aqui?- pergunta outro deles.

O vento assopra minha capa nas costas e meus cabelos para trás. Contudo, permaneço sério observando-os. Então respondo:


-Defendendo a justiça e lutando contra o mal, assim como sempre faço na missão de um cavaleiro do Santuário!

Ambos os 20 demonstram estar aptos para me enfrentar, mesmo cientes de minha colocação como cavaleiro dourado.

-Saia da frente! Viemos acabar com essa vila de imbecis!- exclama um deles.

Me irrito com seu comentário. Consequentemente, de ambas as mãos lanço rosas negras.


-Rosas Piranhas!!!!!
-Fragância Profunda!!!!- ecoa uma voz.


Instantaneamente, minhas rosas murcham e se desfazem no ar , secas, sem atingirem meus alvos. Fico espantado.

-Essa é uma técnica que aprendi com um dos espectros servidores de Hades, o deus do submundo!- revela aquele que se posiciona na frente dos demais.
-Como isso é possível?- ainda surpreso.


Noto uma névoa roxa-escura, proveniente do sujeito. Em seguida, entendo que tal névoa é a fragância que destruiu minhas rosas.

-Sinto muito, mas você terá que sair do nosso caminho.- fala o homem, sério.

Respirando fundo, volto a minha maneira serena e tranquila de ser.

-Jamais.- respondo, ainda de olhos fechados.
-Então morra!!- grita o sujeito- Círculos Profundos!!

A névoa venenosa se concentra, dando forma a grandes círculos diante do homem. Esses mesmos círculos avançam violentamente contra mim. Entretanto, eu abro os olhos novamente e exclamo:

-Espinhos Carmesim!!

Ao meu redor, uma nuvem vermelha se forma. Seguidamente, ela se espalha no campo como espinhos altamente velozes e atacam todos os20. Após o golpe, nenhum deles se mantém de pé. O último ainda vivo, que fora capaz de deter minhas rosas, agoniza no chão olhando para mim.


-Uso o meu próprio sangue para criar essa névoa e transformá-la em uma chuva de espinhos rubros que penetram na pele do adversário, injetando o poderoso veneno contido em meu sangue diretamente em suas veias. - abro outra vez meus olhos.

Ele morre. Então me viro para apreciar a visão do vilarejo que tanto amo por alguns intantes. Um sorriso invade minha face.


-Essa vila mudou bastante , não é?- digo para mim mesmo, antes de desmaiar....

Depois do evento no qual enfrentei o grupo que ameaçou Rodorio, passei um dia inteiro de repouso em minha casa. No dia seguinte, resolvi conhecer melhor o vilarejo, afinal, eu estava em uma época bem a frente da minha. Me surpreendo ao ver uma escola. por coincidência, os estudantes saem no exato momento que a avisto a alguns metros de distância.

-Que dia legal!- fala um menino, consigo mesmo, ao sair do colégio.

O garoto vai caminhando até virar a esquina e dar de cara com um homem alto e moreno, que exala um ar assustador, como se fosse a própia morte. Contra sua vontade, não conseguia falar nada. Sentia-se como se o silêncio estivesse instalado em sua boca. O homem abre os olhos que antes estavam fechados e diz:

-Meu nome é Minos Tsuyoshi e o seu caminho acaba aqui.

Minos coloca sua mão direita por trás de suas costas e de lá retira uma grande harpa feita de um diamante negro qual eu jamais havia visto igual. O homem coloca o instrumento em seus braços e olha diretamente nos olhos do garoto.

- Meu caminho ...termina aqui?- pergunta o garoto.
-Exato.

Me espanto. Meus movimentos são totalmente barrados sem que eu possa manifestar resistência.


-Utilizo de todo som ao meu redor para compor a minha melodia mortal. - fala o hoeme, para o garoto.

Ao ouvir isso, percebo que tudo ao redor está imerso em silêncio. Os pássaros pararam de cantar e a escola misteriosa parou de produzir ruídos.

-Escute com atenção o último som da sua vida: Melodia da Maldição Silenciosa. -ao fechar os olhos, Minos começa a tocar sua harpa.

Apesar do alvo do golpe ser o garoto, eu senti pouco a pouco que estava sendo atirado à escuridão. Não senti dor, apenas um medo colossal e devastador. A melodia invadiu minha mente de maneira sutil e ,ao mesmo tempo, brutal. As pernas trêmulas jogaram o estudante no chão. Ele reluta para manter seus olhos abertos, que ao contrário vão se fechando.

-De fato, você tem força e vontade, estou impressionado. Contudo, não importa o quanto tente, resistir a minha música é impossível. Morra como um jovem valente, mas fraco...

Eu, ainda de pé, faço um esforço extremo para erguer meu braço esquerdo ao alto. Em minha mão, uma Rosa Sangrenta.

- Adeus...- fala o sujeito para o garoto agonizante.

Uma pedra acerta a testa de Minos e uma gota de sangue cai da mesma. No momento, ele para de tocar a harpa e os sons parecem voltarem ao normal.

-Não toque nele!- exclama uma jovem um pouco atrás do menino.
-Tola. Será necessário mais do que simples pedrinhas para me abater.

Finalmente ganho forças e chamo a atenção dele, gritando:

-Ei! Olhe para mim!

O tal Minos se vira e me encara. Da minha mão, a rosa vai diretamente contra o peito esquerdo dele, atigindo seu coração.

-Inseto.- declara o indíviduo -Melodia da Maldição Devoradora.

Um forte turbilhão de luz atinge meu corpo na velocidade da luz. Sou arremesado para longe com uma velocidade absurda. Meu corpo destroi tudo pelo caminho, sendo árvores e casas. Me choco, por fim, em uma grande muralha. Sangue escorre de minha boca. Caio de rosto ao chão, enquanto observo de tão longe o meu inimigo. Com dificuldade, o vejo também cair ao chão.

-Ele morreu.- penso, antes de desmaiar.

Acordo, em uma cama diferente da minha. Olho ao redor e noto que estou em uma casa, bem, diferente do Palácio de Peixes. Para falar a verdade, um quarto simples de uma casa bem humilde. Segundos depois de despertar, um garoto vem apressado me entregar uma xícara de chá.

-Tome, por favor. - fala ele.

Percebo as boas intenções do garoto e , calmamente, tomo o chá que ele me oferece. Aos poucos, vou me lembrando de tudo.

-Você é...
-Sim- interrompe- Sou o menino que você salvou.

Alguns segundos de silêncio, até que eu faço outra pergunta:

-Quanto tempo se passou? Você e aquela garota, estão bem?
-Acho que 4 ou 5 horas. Trouxe você aqui por ter me salvado. Agradeço. - diz ele- Ela também está ótima, assim como eu. Me chamo Yato e ela, Marin. E você?

Imediatamente um temor me consome. Meu sangue, venenoso, pudera ter feito mal aquele garoto? Mas se sim, como ele estaria vivo e em saúde aparentemente tão estável?

Mal tenho tempo pára refletir e surge um martelo, que quebra a janela e por pouco não atinge o rosto do garoto. Contudo, o defendo com uma rosa negra. Os estilhaços da janela voam e o martelo, cai ao chão, depois de ter sido barrado pela rosa.

-Quem é você?- pergunto, me erguendo da cama e me colocando de pé no chão.

Um homem pula para dentro da casa e olha para nós dois.

-Me chamo Siegyn e estou aqui para ceifar a vida desse garoto. Peço que saia do meu caminho ou morrerá!
-Diga qual a razão de querer matá-lo.- me posiciono a frente de Yato, demasiadamente distante do mesmo.
-Não é da sua conta, afinal...- Siegyn coloca sua mão na espada presa em sua perna direita com um tom ameaçador-...é desnecessário gastar palavras com quem já morreu.

Sutilmente, o corpo do homem se desfaz. São incontáveis as armas que voam em direção a mim e ao garoto.

-Rosas Piranhas!!

Rosas negrass dançam a nossa frente, devorando todas as armas . O corpo de Siegyn se refaz, agora com uma espada em sua mão esquerda.

-Não interfira, inseto. Afinal, quem é você?

Caminho para a frente e passo por minha muralha de rosas negras. Logo falo:

-Sou Albáfica, o cavaleiro de ouro de Peixes!

Minhas Rosas Piranhas me rodeiam e atacam o meu inimigo. As armas do mesmo são devoradas sem piedade e o guerreiro é lançado, morto, para fora da casa, todo ensanguentado. Yato, atrás da minha parede de rosas negras, se esconde esperando a conclusão de tal situação.

-E então, vai me explicar por que está sendo ameaçado de morte?

Após uma extensa conversa com Yato, fico ciente de que as próprias forças de Hades estavam se movimentando, mandando aliados que não são necessariamente espectros para mata-lo. Pelo que me conta, Yato é descendente de um antigo cavaleiro de Pégaso. Tal cavaleiro havia dado muito trabalho as 108 estrelas e até mesmo aos deuses gêmeos e fora o responsável por mais uma derrota do deus do submundo.

-Eles querem te matar por temerem que você possa fazer algo contra Hades em defesa a Athena?
-Sim. - ele responde.

Penso um pouco. Em seguida, digo:

-Venha até o Santuário e torne-se um cavaleiro do zodíaco!

Alegre , ele responde:

-Sim senhor!



Passando-se 3 semanas.... Yato continua em seu treinamento como aspirante a cavaleiro. Eu havia percebido que ele era imune ao meu sangue e seria essa a prova de que ele viria, no futuro, se tornar um dos mais poderosos cavaleiros de peixes de toda a história. Portanto, tomo ele como meu pupilo oficial. E durante o treinamento dele, acabo me lembrando dos meus treinos com meu querido mestre. Naquele tempo, eu ainda era chamado de Senshi....



{




-Escute com atenção, Senshi!- exclamava Albáfica, meu mestre- Vou lhe mostrar do que cada rosa que utilizo é capaz!
-Sim mestre. - respondo.

Ele e eu, nos arredores do Santuário. Temporariamente, um perído de paz no século XVIII...

-Estas são as Rosas diabólicas Reais. Consistem em rosas vermelhas que possuem um veneno letal e que privam o alvo dos sentidos, deixam-no entorpecido e depois desacordado. Apenas um arranhão de seu espinho ou o seu aroma, já é o bastante para o veneno fluir na corrente sanguínea do adversário. Exposição por tempo razoável ao veneno leva a uma morte rápida e indolor. contudo, a potência do veneno aumenta conforme for o poder do seu cosmo e será até mesmo capaz de matar rapidamente caso tenha poder para isso.- me explica, com uma rosa vermelha na mão direita.

Meu mestre atira a rosa em mim e eu instantaneamente caio de joelhos no chão.

-Levante-se- fala ele, calmo como sempre.

Me levanto, com esforço, enquanto ele continua. desta vez, segura uma rosa negra.

-As Rosas Piranhas são usadas como forma de ataque direto. Semelhante as rosas vermelhas, as negras proporcionam morte rápida: como seu nome sugere, elas devoram tudo aquilo que tocam, dilacerando qualquer alvo na direção em que são lançadas.- dessa forma, ele me atira a negra contra meu ombro direito.

Instantaneamente, meu ombro é dilacerado e o sangue escorre em meu corpo.

-Por último, mas não menos poderosa: a Rosa Sangrenta. Esta rosa branca persegue o coração do inimigo e o perfura. Rapidamente,absorve todo o sangue da vítima. Quando as pétalas brancas se tornam vermelhas, a pessoa morre.

Uma rosa branca cai ao chão. Em seguida, meu mestre conclui:

-Nunca desista e sempre siga em frente!




}




Enquanto Yato treina, observo o entardecer contente. Seguro uma rosa branca em minhas mãos e falo comigo mesmo:


-Albáfica. Do latim, "De herança branca"...

Caim , o Mandrágora da Estrela Celeste do Terror . Yafos, o Besouro Mortal da Estrela Celeste da Feiúra. Zeros, o Sapo da Estrela Terrestre Estranha. O trio está destruindo toda a vila de Rodorio e matando os moradores. Assim que fico ciente disso, apresso-me para pedir permissão a deusa Athena por minha responsabilidade na missão. Furioso, vou o mais rápido que posso até Rodorio. chegando lá, encontro total destruição. Muitas casas devastadas e inúmeros corpos.

-Como puderam fazer isso?- penso, tomado por um colossal sentimento de ira.

Sinto os cosmos dos três espectros . Cada um em um ponto da vila.

-Pelo que me parece, há um espectro na região norte, um na região leste e outro na região oeste.- mentalizo- Primeiro vou até a região oeste, afinal estou mais próximo dela.

Correndo, em alguns minutos, chego a tal área. Nela, encontro o espectro Zeros. O mesmo, com uma aparência de fato estranha, se assemelha a um sapo bisonho. Apesar de ser um espectro, o mesmo não apresenta um cosmo muito poderoso.

-Espectro!!- grito, a alguns metros dele.

Zeros, acima de um amontoado de pedras, gargalha freneticamente. contudo, ao ouvir meu chamado, cessa seus risos. Olha para mim e demonstra uma expressão de medo e surpresa ao notar minha armadura de ouro.

-Um cavaleiro de ouro de Athena?- abismado.
-Quem mais poderia vir defender Rodorio se não o dourado de Peixes, aquele que viveu tantos anos aqui?- vou me aproximando passo a passo, ligeiramente irritado, mas controlado.

Percebendo minha aproximação e meu cosmo sutil, mas agressivo, a criatura bizarra tenta fugir saltando como um sapo.

-Covarde!! Seja devorado pelas Rosas piranhas!!

Lanço as rosas negras, que atacam o indivíduo sem dó nem piedade. minhas rosas mostram toda a minha ira nessse momento. Em instantes, ele é devorado por completo por minhas queridas.

-Isso é o que acontece com quem me deixa furioso assim. - declaro, mesmo sabendo que aquela existência tão vulgar já não vive mais.

Apesar de saber que alguns moradores na área que ele atacou, a urgência principal se resume a derrotar o trio de espectros e impedir mais mortes de inocentes. Novamente, corro. Desta vez, em direção ao ponto norte.

-Vou acabar com esses espectros ou não me chamo Albáfica de Peixes!

Após mais alguns minutos, chego a área norte. Ela , em um nível de destruição ainda mais superior ao do ponto oeste, em que fui anteriormente.

-Olá, cavaleiro de ouro.- me recebe o espectro, ao me avistar a alguns metros.

Eu, por minha vez, apenas me aproximo com uma expressão irada em resposta ao sorriso cínico do servidor de Hades.

-Sou Caim de Mandrágora, a Estrela Celeste do Terror. Muito prazer.

Ainda sim, permaneço em silêncio.

-Por acaso não tem bons modos, cavaleiro?- pergunta, elevando o cinismo a níveis inimagináveis.
-Vejo que gostaria de saber meu nome, correto?- comento, sem esconder minha raiva.
-É uma questão de educação, meu caro. Eu percebo que você é apenas um rostinho bonito, pois de educado você não tem nada!- fala rindo.

Me irrito ainda mais. Assim como meu mestre, sempre odiei que as pessoas me rotulassem dessa forma e me subestimassem por minha beleza. Nada me importa a minha beleza em si. O que é e sempre foi importante para mim foi a justiça e os seres humanos inocentes da nossa Terra. Foi por confiar e acreditar em uma deusa como Athena que me tornei um cavaleiro do zodíaco.

-Cale-se.- digo para Caim.

O espectro ri por alguns segundos. Em sequência, fala ainda sorrindo de maneira sarcástica:

-Quer que eu me cale? Então me dê um bom argumento para isso, cavaleiro qual sequer sei o nome.

Tentando "imitar" meu inimigo, utilizo um sorriso quase tão cínico quanto o dele. Com uma rosa branca em minha mão esquerda, falo:

-Sou Albáfica, o cavaleiro de ouro de Peixes. Mas não serei eu quem irá lhe convencer, mas sim a minha Rosa Sangrenta.

Em seguida, atiro a rosa branca que avidamente voa contra meu oponente. Ele percebe a ameaça da rosa e exclama:

-Grito Estrangulante!!

A máscara no peito de Caim imediatamente produz um ruido extremamente agudo, que desfaz a rosa que ia diretamente contra seu coração. O espectro salta tão alto que meus olhos não são capazes de acompanhá-lo. fecho meus olhos pela luz do Sol por alguns instantes.

-É agora que você morrerá!!!- grita ele.

Quando Caim está demasiadamente próximo a mim, na tentativa de acertar seu punho direito em meu rosto, sou rápido o suficiente para desviar e atirar uma rosa branca em suas costas, na direção do coração.

-Não...- diz ele, espantado com a astúcia da minha artimanha- Você me enganou!
-Errado.- falo de costas a ele- Você mesmo se enganou, meu caro. Até nunca mais, Caim de Mandrágora.

O corpo do espectro cai ao chão. A rosa, jaz vermelha. Eu , mais uma vez, disparo aceleradamente rumo, desta vez, ao terceiro e último espectro do grupo.

-Acabou a festa, espectros.- penso, enquanto corro.


Em pouco tempo, chego a região leste. Um pouco menos destruída que a região norte. Mas ainda sim , a visão daquilo me sobe a cabeça e me preenche de fúria e ódio.

-Apareça, espectro! Sinto seu cosmo e sei que está aqui em algum lugar!- grito, olhando para todos os lados do local.

Em meio aos destroços, muitos corpos. Desvio o olhar para não perder meu foco. No segundo seguinte, um espectro gigante, com provavelmente mais de 2 metros de altura, corre a minha direção.

-Esmagamento Mortal!!

Ele salta para cima de mim com o cosmo agressivo e violento, como nenhum outro inimigo qual já havia enfrentado.

-Sou Yafos de Besouro Mortal, a Estrela Celeste da Feiúra.- diz, em seu pulo, já próximo a mim- E você, um finado cavaleiro.

O impacto dos dois braços do espectro é assustador. Com toda a certeza, suficiente para matar um cavaleiro de ouro. porém, seu ataque é bloqueado por uma única rosa negra. Ele fica pasmo, parecendo não acreditar que seu golpe com tamanha força bruta tivera sido bloqueado por uma rosa aparentemente tão frágil.

-Pensou que minhas rosas eram delicadas, não é, Yafos? Bem...pense de novo! Rosas Piranhas!!

Lanço algumas rosas negras que estraçalham Yafos rapidamente. Como verdadeiras piranhas, famintas por sua presa. Logo, ele desaparece por completo.

-Acabou.- penso tranquilizado, mas ainda sim triste por tamanha destruição no vilarejo de Rodorio- irei até a deusa Athena comunicar o sucesso da missão e voltarei o mais depressa possível auxiliar a todos por aqui.


Em seguida, corro mais uma vez. Com destino as 12 casas, corro com fervor. Afinal de contas, proteger e ajudar o vilarejo de Rodorio também era, é e sempre será minha missão.

{...



Desde bebezinho, Albáfica vivia naquele jardim venenoso, mas aquilo, nem de longe parecia afetá-lo. Seu mestre o encontrara envolto em trapos largado para morrer naquele lugar belíssimo, porém mortal e apiedou-se daquele bebê tão bonito e frágil abandonado não à própria sorte, mas abandonado para morrer. O jovem Albáfica gostava de ouvir aquela história, ainda mais entoada pela voz melodiosa e grave do bondoso mestre Rugonis. Adorava-o como um filho adora ao pai e por isso, nunca se sentira um desafortunado, pelo contrário, junto de Rugonis ele teria todas as oportunidades de ser um grande cavaleiro como o seu mestre e este era um de seus únicos desejos. O outro desejo que guardava em seu coração, era poder viver para sempre ali ao lado daquele pai tão querido. Por isso, se empenhava ao máximo no treino com as flores envenenadas e se repreendia quando deixava alguma delas passar do alvo. O peso das tragedias que poderia causar pesavam em seus ombros e ele jamais ignorou isso. Naquele dia, acordou determinado a conseguir acertar todas as rosas sem perder nem mesmo uma. Posicionou-se no jardim e iniciou seu árduo treino. Depois de um dia inteiro, quando a lua começava a despontar no céu, ele finalmente conseguiu atingir seu objetivo. Na hora ficou tão feliz que correu ao mestre para dar-lhe a boa notícia, certamente Rugonis ficaria muito orgulhoso dele. Mas o que lhe esperava era muito maior que a felicidade e o orgulho do mestre. Como premio por seu feito, Rugonis lhe fez uma proposta a qual ele nunca recusaria, ele lhe propôs um elo de sangue entre os dois, o Elo Carmesim. Obviamente, no principio não havia entendido bem sobre o que se tratava, mas logo que lhe foi explicado, ele encheu-se de orgulho. Para um filho, não há maior honra do que ser como seu pai. E agora poderia ter o mesmo sangue que Rugonis, poderiam viver juntos para sempre. Rugonis lhe explicou que poderia ser perigoso para ele, que ele poderia não resistir ao sangue venenoso do cavaleiro de peixes, mas Albáfica não se importava. E decidiu-se por arriscar a sua própria vida, faria isso com todo o orgulho e todo o amor de seu coração. Espetou, então o dedo com um espinho de uma das rosas envenenadas e ergueu a pequena mão em direção ao mestre, selando para sempre seus destinos



...}



Impressionado, acordo. Um sonho, bem estranho, durante a noite. Olho para a lua através da janela. Abaixando meus olhos, consigo ver meu extenso jardim de rosas vermelhas.


-Hora de treinar.

Vestindo algumas peças de roupas mais adequadas, saio para o meu jardim. Nele, treino socos e chutes até o amanhecer....